28 de abril de 2025
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Forças de Defesa de Israel anunciaram que estão fazendo ataques precisos contra alvos do Hezbollah. Um tanque israelense manobra no norte de Israel, perto da fronteira entre Israel e Líbano, em 30 de setembro de 2024.
Baz Ratner/AP
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram que iniciaram uma operação por terra no Líbano. A ação foi iniciada na madrugada de terça-feira (1º), pelo horário local — noite de segunda-feira (30), no Brasil. Segundo o Exército israelense, os ataques são limitados e contra alvos do grupo extremista Hezbollah.
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Mais cedo, Departamento de Estado dos EUA já havia afirmado que soldados israelenses iniciaram incursões pequenas em território libanês para estudar o terreno. A possibilidade de uma operação por terra já era ventilada desde a semana passada.
Além disso, tropas do Exército do Líbano recuaram em 5 km ao norte de suas posições na fronteira ao sul do país. Os militares libaneses informaram à agência AFP de que estava “se reposicionando”.
Os militares israelenses afirmaram que os alvos da operação terrestre estão ligados a alvos do Hezbollah próximo da região da fronteira com Israel, que representavam uma ameaça imediata.
Israel garantiu ainda que estava fazendo ataques precisos. Até a publicação desta reportagem não havia informações sobre mortos e feridos. O Hezbollah e o Líbano ainda não se pronunciaram.
A operação atual foi batizada de “Setas do Norte” e foi aprovada de acordo com uma decisão “política”. Segundo as Forças de Defesa de Israel, a ação continuará de acordo com a avaliação situacional dos militares e em paralelo ao combate na Faixa de Gaza.
“As FDI continuam operando para atingir os objetivos da guerra e estão fazendo todo o necessário para defender os cidadãos de Israel e devolver os cidadãos do norte de Israel às suas casas.”
Logo após o anúncio, explosões foram reportadas em Damasco, que é a capital da Síria. Ainda não há informações se o caso tem relação com a operação israelense.
Histórico do conflito
O Hezbollah tem bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos meses, foi observado um aumento de tensões envolvendo Israel e Hezbollah. Um comandante do grupo foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Nas últimas semanas, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.
A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.
Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando “uma nova fase na guerra”.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.
Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.
Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. Cerca de 500 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.
Na semana passada, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que militares estavam se preparando para uma possível operação terrestre no Líbano. Bombardeios aéreos executados pelos israelenses seriam indícios de uma preparação de terreno.

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