
Pandas-gigantes Qing Bao e Bao Li desembarcaram nesta terça-feira (15) e ficarão no Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington. Chegada dos pandas marca volta da espécie à capital americana após quase um ano de ausência. Panda-gigante Qing Bao em jaula de transporte antes de viagem da China para os Estados Unidos em 14 de outubro de 2024.
Jin Tao/Administração Nacional de Florestas e Pastagens da China via AP
Um par de pandas-gigantes de três anos de idade, chamados Bao Li e Qing Bao, chegou a Washington, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (15). Eles serão os novos moradores do Zoológico Nacional Smithsonian, na capital dos EUA.
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A chegada dos pandas ocorre pouco menos de um ano após a China tomar três pandas que estavam no Zoológico, e marca o retorno da espécie à cidade. Os pandas serão transportados do Aeroporto Internacional Dulles, no subúrbio da Virgínia, para o zoológico ainda nesta terça.
Segundo a Associação Chinesa de Conservação da Vida Selvagem, os pandas permanecerão nos EUA por 10 anos como parte de um acordo de reprodução e pesquisa entre os dois países.
O envio de pandas pela China aos EUA é conhecido como “diplomacia dos pandas” e ocorre com outros países do mundo. (Leia mais abaixo)
“Diplomacia dos pandas”
A “diplomacia dos pandas” é uma estratégia utilizadas há décadas por Pequim e consiste em presentear ou emprestar os ursos na esperança de construir relações com outros países.
Os primeiros animais, Hsing-Hsing e Ling-Ling, foram enviados aos EUA por Mao Tsé-Tung em 1972, após visita de Richard Nixon, então presidente norte-americano, ao país asiático. Depois que os pandas morreram, Mei Xiang, de 25 anos, e Tian Tian, de 26 anos, os substituíram, em 2000, por meio de um acordo cooperativo de pesquisa e reprodução com a Associação de Conservação da Vida Selvagem da China.
Inicialmente, os pandas deveriam permanecer por 10 anos nos EUA, mas o acordo foi renovado três vezes desde 2010.
“Esta é talvez a maneira de Pequim sinalizar ao Ocidente que eles podem não estar muito felizes com a forma como as coisas estão indo”, disse Chee Meng Tan, professor associado da Universidade de Nottingham, na Malásia, que estuda “diplomacia do pandas”, ao “The Washington Post”.