
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro
Vannessa Jimenez/REUTERS
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, rompeu o silêncio e se pronunciou nesta quarta-feira (31) sobre a contestada reeleição de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais venezuelanas deste domingo (28).
Em um post no X, Petro pediu que o governo venezuelano permita um “escrutínio transparente” das forças políticas venezuelanas e dos órgãos de monitoramento internacionais:
“O presidente Maduro tem hoje uma grande responsabilidade: lembrar o espírito de Chávez e permitir que o povo venezuelano volte à tranquilidade enquanto as eleições terminam em paz e se aceita o resultado transparente, seja ele qual for. O escrutínio é o final de todo processo eleitoral; deve ser transparente e assegurar a paz e a democracia”.
Mortos em protestos na Venezuela
O número de mortos nos protestos contra o anúncio da vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela subiu para 12, segundo a AFP.
O dia de manifestações intensas desta terça-feira (30), que foram marcados pela violenta repressão das forças de segurança, também deixou centenas de presos.
Liderada por María Corina Machado, a oposição afirma ter provas da sua vitória. Ela diz possuir cópias de 84% das atas, que provariam a fraude, e as publicou em um site.
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A comunidade internacional também pressiona por uma recontagem transparente dos votos, com a OEA declarando não reconhecer resultado das eleições e com os observadores do Carter Center atestando que a votação “não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerada democrática”.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a oposição espera que o aumento dos protestos contra a vitória de Maduro e da pressão estrangeira sobre o governo possa abrir caminho para a divulgação das contagens das urnas ou para uma solução negociada.
As manifestações contra a reeleição de Maduro também cruzam as fronteiras venezuelanas. Na segunda (29), várias pessoas se juntaram para protestar em Madri, na Espanha, e na noite desta terça (30), o mesmo ocorreu na Cidade do México e em Buenos Aires, na Argentina.